Mudamos!

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Quando se fala de uma grande cantora,não dá pra não lembrar de Elis Regina,e por esse e outros motivos resolvi criar uma postagem especialmente à ela.
Seria muito feio da minha parte não falar nada sobre ela em um blog de música,logo ela que era uma pessoa totalmente músical ,que tinha o dom de ouvir e apreciar cada detalhe da música,do instrumental ao canto.Sei que é arriscado falar de uma grande cantora como Elis,mas como boa ouvinte tinha que me arriscar...
Elis Regina Carvalho Costa nasceu em 17 de março de 1945 em Porto Alegre,RS,foi uma intérprete brasileira.
Conhecida por sua incrível presença de palco,sua voz e sua personalidade,considerada por vários críticos a melhor cantora brasileira de todos os tempos,mas na minha opinião ela entra na lista das melhores cantoras que já passaram por esse mundinho ;) .
Elis era capaz de demonstrar emoções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade,numa só canção.

Em 1964, um ano com a agenda lotada de espetáculos no eixo Rio-São Paulo, assinou um contrato com a TV Rio para participar do programa Noites de Gala; é levada por Dom Um Romão para o Beco das Garrafas sob a direção da dupla Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, com os quais ainda realizaria diversas parcerias, e um casamento com Bôscoli em 1967.
Ao final do mesmo ano (1964) conhece o produtor Solano Ribeiro, idealizador e executor dos festivais de MPB da TV Record. Um ano glorioso, que ainda traria a proposta de apresentar o programa O Fino da Bossa, ao lado de Jair Rodrigues.
Em 1965, venceu o 1º. Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior) com "Arrastão" (Edu Lobo e Vinícius de Morais). A antológica interpretação de Arrastão no Festival, escreveu um novo capítulo na história da música brasileira, inaugurando a MPB e apresentando uma Elis ousada. Uma interpretação inesquecível, encenada pouco depois de completar apenas 20 anos de idade e coroada com o reconhecimento do Prêmio Berimbau de Ouro. O Troféu Roquette Pinto veio na sequência, elegendo-a a Melhor cantora do ano.
O programa saiu do ar em junho de 1967, porém, Elis continuou ao lado de Jair Rodrigues nos três programas da série "Frente Única - Noite da MPB" (TV Record). Em dezembro, aos 22 de idade, casou-se com Ronaldo Bôscoli, 16 anos mais velho. Logo, nasceu seu primeiro filho, João Marcelo.
O casamento terminou em 1972 e, em 1974, casou-se com o pianista César Camargo Mariano. Viveu em São Paulo, onde nasceram: Pedro, em 1975; e Maria Rita, em 1977. Em 1981, separou-se de César.
Foi Elis quem também lançou boa parte dos compositores até então desconhecidos, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia, Gilberto Gil, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros. Um dos grandes admiradores, Milton Nascimento, a elegeu musa inspiradora e a ela dedicou inúmeras composições.
Nos anos 70,ou podemos dizer "Nos anos de Elis" ela aprimorou constantemente técnica e domínio vocal, registrando em discos de grande qualidade técnica parte do melhor da sua geração de músicos.
Discos da época
- 1970 - Em Pleno Verão
- 1970 - Elis no Teatro da Praia
- 1971 - Ela
- 1972 - Elis
- 1973 - Elis
- 1974 - Elis & Tom (com Antônio Carlos Jobim)
- 1976 - Falso Brilhante - Falso Brilhante é o maior sucesso da carreira de Elis Regina, além de ser um dos discos mais representativos da MPB.
Em 1975, com o espetáculo Falso Brilhante, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações. Lendário, tornou-se um dos mais bem sucedidos espetáculos da história da música nacional e um marco definitivo da carreira. Ainda teve grande êxito com o espetáculo Transversal do Tempo, em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o Essa Mulher em 1979, direção de Oswaldo Mendes, que estreou no Anhembi em São Paulo e excursionou pelo Brasil no lançamento do disco homônimo; o Saudades do Brasil, em 1980, sucesso de crítica e público pela originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores, direção de Ademar Guerra e coreografia de Márika Gidali (Ballet Stagium); e finalmente o último espetáculo, Trem Azul, em 1981, direção de Fernando Faro.
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis Anos de chumbo, quando muitos músicos foram perseguidos e exilados.A crítica tornava-se pública em meio às declarações ou nas canções que interpretava.
Com interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro.
1980
A música "Aprendendo a Jogar",canção escrita por Guilherme Arantes,entra na lista dos seus últimos sucessos,uma música incrível onde ela trabalhava absurdamente sua voz e interpretação.
Na sua última apresentação na TV ,interpretou as músicas "O trem azul" e "Me deixas louca",que também foram grandes sucessos,que pra nossa tristeza foram as últimas músicas cantada por Elis.
Elis faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982,por overdose de cocaína e bebida alcoólica,deixando uma legião de fãs e sua família.
"Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé"
Elis Regina